Em um domingo à tarde
 |
| Imagem do Pinterest |
E então eu estava dentro daquele carro, voltando da casa de um parente, indo levar outro parente para sua casa, para que depois eu fosse para a minha.
Moro em uma cidade pequena, mas quando percorro os bairros mais afastados do centro percebo que não é tão minúscula quanto aparenta. São tantas ruas, casas e pessoas. Vi muitas delas sentadas na porta de suas residências, outras no quintal, na calçada. Algumas que estudam na minha escola, com roupas diferentes do uniforme, outras são completas desconhecidas para mim.
Existe tanta gente, tantas mentes, tantas vidas. Não faço ideia do que aquela menina estava conversando com a amiga, o porquê da moça estar rindo junto ao rapaz, o que o menino pensava enquanto arrumava algo naquele carro. Todo mundo era um emaranhado de mistérios do ângulo que eu observava. São tantas personalidades e talvez alguma combinasse comigo.
Vai ver, determinada pessoa goste de livros, ou séries, seja Potterhead, ou nerd, ou tenha sonhos parecidos com os meus. Em cada canto dessa cidade há pessoas que nunca vi na vida, e provavelmente nunca verei, e todas são misteriosas e a gente não vai saber nossas características em comum. Se nos esbarrarmos na rua nem vamos conversar, a não ser que ela seja espontânea e peça meu número de telefone só por eu estar com minha blusa da Corvinal.
São tantas qualidades e defeitos, e é tão angustiante que eu não vá conhecer. Talvez precisem da minha ajuda, talvez possam me ajudar. E mesmo que eu me reencontre com alguma delas, nem irei me lembrar, pois meu olhar passou rápido demais sobre todas.
Existe tanta gente, tantas mentes, tantas vidas. Não faço ideia do que aquela menina estava conversando com a amiga, o porquê da moça estar rindo junto ao rapaz, o que o menino pensava enquanto arrumava algo naquele carro. Todo mundo era um emaranhado de mistérios do ângulo que eu observava. São tantas personalidades e talvez alguma combinasse comigo.
Vai ver, determinada pessoa goste de livros, ou séries, seja Potterhead, ou nerd, ou tenha sonhos parecidos com os meus. Em cada canto dessa cidade há pessoas que nunca vi na vida, e provavelmente nunca verei, e todas são misteriosas e a gente não vai saber nossas características em comum. Se nos esbarrarmos na rua nem vamos conversar, a não ser que ela seja espontânea e peça meu número de telefone só por eu estar com minha blusa da Corvinal.
São tantas qualidades e defeitos, e é tão angustiante que eu não vá conhecer. Talvez precisem da minha ajuda, talvez possam me ajudar. E mesmo que eu me reencontre com alguma delas, nem irei me lembrar, pois meu olhar passou rápido demais sobre todas.
Estou um pouco louca ou eu deveria andar de carro mais vezes?
L.
2 comentários
Nada de louca :D Também fico imaginando mais sobre a história das pessoas quando estou no metrô :)
ResponderExcluirAinda bem que não sou a única, hehe.
ExcluirÉ muito legal ficar imaginando essas coisas. Faz a gente deixar de pensar só em nós mesmos por um tempo.
Abraços Andrea ♥