É aquela velha mania
Que estava adormecida
Mas agora volta
Aflora
Insiste em ficar
O sono atrapalhava
O calo na mão impedia
O papel rasgava
E a caneta esvaia a tinta
O velho gosto pela escrita
As palavras encantadas
Que valsam em versos
E formam sentido (ou não)
É poema
Poesia
Um dos dois
Que nunca diferencio
Por um poeta
Escritor
Quem realmente sabe o que diz
Ou apenas observa amador
(como eu)
É sentir
Sofrer
Amar
Chorar
Sorrir
Tudo junto
Escrever é viver
(Pelo menos para mim)
É depositar sentimentos
Tentativa de compreendê-los
Pensar com clareza
Ser alguém
Criar alguém
Se descobrir
Reinventar-se
Amar palavras
Ou aprender sobre amor
Tocar corações
Respirar letras
Ou todo o alfabeto
Não precisa ter sentido
Nem saber explicar
Somente escreva
E crie seu próprio significado
(Ou apenas finja que sabe)
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