Há algumas semanas realizei a leitura de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada. Peguei aquele livro com as expectativas baixas por conhecer o seu histórico ruim. Apesar de saber que não era uma história muito boa, eu não sabia de quase nada do enredo, não tinha pegado spoilers por aí. Quase tudo foi surpresa, tanto pelo lado bom, quanto pelo lado ruim. Resolvi listar 5 coisas boas versus 5 coisas isso realmente está acontecendo?!

Haverá spoilers nesta postagem. Se você não leu o livro, recomendo que não continue.

É inegável que retornar ao mundo mágico é algo maravilhoso. Se eu, que li a saga no ano passado, já me senti acolhida com esse retorno, imagina só aqueles que leram há anos atrás? Retornar ao Expresso de Hogwarts e à própria Hogwarts me deixou feliz. Foi muito legal identificar referências durante a história, rever os personagens dos 7 livros, reencontrar aqueles que já morreram. Apesar das mudanças de personalidade, foi algo bom.

Escórpio

Eu sei que é horrível julgar um filho pela reputação da sua família (lembremos do Sirius), mas quando vi o sobrenome Malfoy já fiquei com um pé atrás. Pensei que a história iria se repetir, que o Alvo seria perseguido pelo filho de Draco, como foi com Harry. Que bom que minha visão logo mudou e me encantei por Escórpio. As cenas em que está presente são as melhores. Ele é tão fofo e até engraçado. Verdade seja dita, ele é o melhor personagem desse livro.

Vira tempo

Quando foi mencionado eu fiquei animada, pois esse objeto mágico me fascinou muito em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Isso não é um motivo exatamente bom, principalmente pelas intenções perigosas para com ele (o que de fato aconteceu), mas foi legal, para mim, rever um vira tempo e seu funcionamento *-* .

Hermione sendo Ministra da Magia

Todos nós sabemos o potencial que a Hermione possui. Foi incrível vê-la em um cargo tão importante. Sempre dedicada, persistente e sabe-tudo (rsrs), foi uma inspiração para mim, pois mostra que nossa dedicação naquilo que fazemos não será em vão. Independente da profissão que ela escolhesse, ela seria capaz, e foi mais do que merecido ela ter assumido o Ministério (Mundo Bruxo em boas mãos!)

Lily e James

Acredito que, por ler fanfic e tudo mais, acabo me sentindo familiarizada com a Lily e com o James, mas vê-los nesse livro foi diferente. Foi tão fofo ver a Lily cuidando do bebê Harry! De início, achei um pouco sem necessidade o Harry ver a cena final dos pais, mas depois entendi que aquilo era importante para ele, apesar de triste. Foi bem legal essa participação. 

Alvo e seu drama

Reconheço que não é fácil para o Alvo: o sobrenome Potter, o nome de dois bruxos famosos. É um fardo para carregar, eu entendo, mas acontece que o Alvo é muito dramático. Comecei a leitura e já estava pensando "quando é que esse garoto vai ficar legal?". Não ter gostado de ir para a Sonserina? Okay, afinal sua família é toda da Grifinória. E tem toda a pressão das pessoas, esperando que ele faça algo extraordinário; a comparação com seu pai... É complicado, eu sei, mas desejar não ser filho do Harry?! É o pai dele, e por mais defeitos que tenha, não é um pai ruim. Desejar não ter o pai que tem foi algo ingrato e egoísta. E quando ele despreza o presente de Harry? Era algo importante e significativo, podia ao menos ter sido grato pela atitude do pai. Poxa...

Amos Diggory ter demorado a aparecer

Eu ainda não entendi o porquê de o Amos demorar tanto para procurar o Harry. Passaram-se tantos anos desde a morte de Cedrico, e só agora ele o procura para culpá-lo, dizer que ele é que deveria ter morrido, Voldemort queria Harry, não o seu filho Cedrico. Os boatos sobre o vira-tempo explicam sua aparição para pedir que voltem no tempo para salvar o garoto, mas nunca ter jogado essa mágoa para cima do Harry? Ficou confuso para mim. 

Romione: separados por um baile?

Em uma das realidades alternativas criadas pelas modificações do passado, Rony e Hermione acabaram não ficando juntos no final. Hermione não deixou Rony com ciúmes; okay, mas esse era o único momento possível, em todos os anos de Hogwarts, para eles se tocarem que eram apaixonados? Um baile, um baile, foi motivo para eles nunca perceberem seus sentimentos? Rony ter ciúmes, naquela situação, é o que definiria todo sentimento um pelo outro? E todo o resto que viveram? Eu realmente não consigo aceitar isso, pois é bem sem sentido (ainda bem que não se tornou definitivo).

Cedrico como um Comensal da Morte

Cedrico pode ter passado uma humilhação, ficado muito mal e chateado, mas escolher o lado das trevas não tem nada a ver com algo que ele faria. É o Cedrico! Honesto, leal e lufano. Eu assisti um vídeo do Cadeirão Furado (clique aqui) e o Caco disse algo que quero repetir aqui: Cedrico, que não aceitou ganhar uma partida de Quadribol nas condições que foram, com o Harry se machucando... essa pessoa se tornaria um seguidor de Lord Voldemort? Não mesmo! 

Filha de Voldemort

Essa é, de longe, a pior coisa do livro. Vejamos os fatos: Voldemort era mais do que frio, sem emoções positivas, muito menos amor. Em que planeta ele teria uma filha? Tipo... quê? Eu pensava o tempo inteiro o quanto aquela gente era louca de ponderar que o Escórpio era filho dele, de onde inventaram um boato desses, mas aí, o final do livro se aproxima, e me jogam essa informação. Eu fiquei surpresa, admito, mas depois comecei a rir com aquele absurdo. Eu não consigo pensar em uma realidade em que isso fosse verdade. Não mesmo.

Recomendo que assistam o vídeo do Caldeirão Furado mencionado acima. Tivemos algumas conclusões em comum e me mostrou que não fui a única a ficar incrédula com certas coisas. 

Apesar dos motivos ruins, fico feliz por ter lido o livro. Desde o ano passado que queria fazer isso, e eu já fui preparada, sem altas expectativas, o que foi bom. Se você é Potterhead, leia, só não espere um livro ao nível da saga.  

Valeu a experiência.

E você, já leu? Concorda com minha visão sobre a história? Pretende ler ou é melhor nem tentar? Me conte nos comentários.

Abraços, 

L.