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[Resenha] Tartarugas até lá embaixo

by - 20:56

Este foi um daqueles livros que bem no início eu já sabia que iria gostar muito. Logo no primeiro capítulo comecei a imaginar quantas vezes ainda iria reler "Tartarugas até lá embaixo". Terminei a leitura com o mesmo pensamento.
O John Green é um autor muito importante para mim [escreverei um post sobre isso em algum momento] então, começar um livro dele envolve muita expectativa. Fico feliz de não ter me decepcionado.


Título: Tartarugas até lá embaixo
Autor: John Green
Editora: Intrínseca

Aza Holmes é uma garota de dezesseis anos, que vive com a mãe em Indianápolis. Vai à escola, tem uma ótima melhor amiga. Sua vida poderia ser normal, não fosse pelas espirais de pensamentos intrusivos.

Aza tem TOC [Transtorno Obsessivo Compulsivo]. A doença é que provoca as espirais de pensamentos. Por exemplo: ela está sentada no refeitório da escola e seus amigos, Daisy e Mychal, conversavam sobre algum assunto que ela não estava acompanhando, porque sua atenção estava no sanduíche sendo digerido em seu estômago e os três trilhões de micro-organismos vivendo dentro de si.

Ela não aprendeu a lidar com sua espiral, mesmo indo às consultas com a dra. Singh e tentando seguir as técnicas que ela recomenda. Mas Aza acaba voltando a reler o artigo sobre microbioma humano e até mesmo a reabrir o corte no dedo médio, que mesmo tendo um band-aid, vem o pensamento de que o corte está infeccionado.

Ainda que presa dentro da própria cabeça, ela não está sozinha no mundo de fora. Sua melhor amiga, Daisy, é uma garota tagarela e bem humorada, que é sonhadora e muito fã de Star Wars. Interessada em ganhar uma recompensa de cem mil dólares, ela convence Aza que elas devem investigar sobre o desaparecimento do bilionário Russell Pickett. E para a sorte delas, Aza conhece [ou pelo menos conhecia] o filho dele, Davis. Tendo um ponto de partida, elas investem nessa "missão".

Amizade, dúvidas sobre amor [principalmente paterno], autocontrole, crises existenciais. É um livro intenso, ao mesmo tempo que tem uma narrativa leve.



O meu primeiro contado com o TOC foi em "Glee". Em uma série com tantos personagens e muitos outros focos, você acaba não se familiarizando com o assunto. Mas em um livro onde a doença é trabalhada e você está na mente do personagem, é tudo diferente. O conhecimento de que o próprio autor a possui, torna ainda mais real e você enxerga a complexidade da situação e como é passar por aquilo.

O meu conhecimento sobre o TOC era bem superficial. Eu pensava que era baseado na obsessão pela limpeza e higiene, mas não é exatamente isso. Sim, esses podem ser motivos de crises, mas são os pensamentos que levam a eles. A falta de controle da pessoa sobre eles; os pensamentos são seus, mas se livrar deles não é fácil. Eles tomam conta da pessoa; as espirais se afunilando, dominando a mente. Enfim, não sei muita coisa, mas acabei aprendendo um pouco. E vi o quanto é difícil.


"Qualquer um pode olhar para você, mas é muito raro encontrar quem veja o mesmo mundo que o seu."
Esta é, provavelmente, minha frase favorita do livro. Eu queria anotar cada uma das frases incríveis que há, mas sabia que teria muitas, por já ter visto algumas em resenhas no Instagram. Temendo que isso fosse atrapalhar, pois eu teria que pausar a leitura várias vezes, decidi que em algum momento irei reler e anotar os quotes. Depois disso, talvez eu faça um post com todos eles.

Sei que há a alternativa dos post-its, mas não tenho o costume de usar, e nem os tenho. Também poderia tirar fotos das páginas e guardar as frases no celular, mas ainda teria que parar de ler muitas vezes. Enfim, que fique para a próxima.



Não deixe de comentar aqui embaixo se você já leu ou pretende ler. Vou adorar saber sua opinião ou expectativa!

Bjoos
Garota de Personalidades

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